A pergunta que divide muitos investidores é: renda fixa ou renda variável? Com a alta da taxa Selic, o cenário parece inclinado a favor da renda fixa, mas há um argumento sólido para olhar além do “tradicional”. Este artigo vai te mostrar como o atual momento pode ser estratégico para investir na renda variável, especialmente com foco em dividendos.
O que é Renda Variável?
Renda variável inclui ativos cujo retorno não é fixo ou previsível. Isso significa que o valor dos investimentos pode oscilar conforme o mercado. Os dois principais tipos de ativos de renda variável no Brasil são:
- Ações: Representam uma fração do capital de uma empresa. Investir em ações significa se tornar sócio e, muitas vezes, participar dos lucros por meio de dividendos. Saiba mais em B3 – Entenda como investir em ações.
- Fundos Imobiliários (FIIs): São investimentos em empreendimentos imobiliários que distribuem rendimentos periódicos, como aluguéis ou vendas de propriedades. Consulte FIIs – Como funciona o mercado imobiliário na B3.
O que são Fundos Imobiliários na prática (FIIs)?
Os FIIs são veículos de investimento que permitem ao investidor acessar o mercado imobiliário de forma simplificada. Ao investir em um FII, você se torna cotista de um fundo que administra empreendimentos como shoppings, escritórios, hospitais, galpões logísticos, entre outros. Esses fundos distribuem a maior parte do lucro obtido com aluguéis ou vendas de imóveis diretamente aos investidores.
Por que investir em FIIs?
- Renda passiva mensal: A maioria dos FIIs distribui rendimentos recorrentes, geralmente mensais, diretamente na conta do investidor. Isso os torna uma excelente opção para quem busca renda passiva consistente.
- Diversificação: Mesmo com pouco dinheiro, é possível diversificar seus investimentos em diferentes tipos de imóveis, reduzindo os riscos envolvidos.
- Liquidez: Diferente de imóveis físicos, as cotas de FIIs podem ser compradas e vendidas na Bolsa de Valores, proporcionando flexibilidade ao investidor.
Exemplo real: Um investimento de R$ 10.000 em HGLG11 (fundo de galpões logísticos) há 10 anos poderia ter gerado rendimentos mensais consistentes e ainda valorizado a cota ao longo do tempo, entregando uma rentabilidade acumulada superior a investimentos tradicionais em renda fixa.
Investir em renda variável traz o benefício de potencializar os ganhos no longo prazo, especialmente através de dividendos, que são uma forma de renda passiva.
Investir em renda variável traz o benefício de potencializar os ganhos no longo prazo, especialmente através de dividendos, que são uma forma de renda passiva.
Preços em Liquidação: Hora de Comprar Barato
Quando a Selic está alta, muitos investidores migram para a renda fixa em busca de retornos seguros. Isso leva à desvalorização das ações e dos fundos imobiliários (FIIs), criando uma oportunidade única para quem tem visão de longo prazo. Comprar ativos de empresas sólidas a preços baixos é como aproveitar uma liquidação no mercado financeiro.
Exemplo prático:
Empresas do setor elétrico e bancos, conhecidos pela regularidade no pagamento de dividendos, têm seus preços pressionados em momentos assim. Para quem pensa no futuro, esses ativos estão “em promoção”. Veja algumas análises de preços em Status Invest.
Dividendos: O Escudo Financeiro em Meio à Volatilidade
Mesmo com juros altos, empresas maduras e lucrativas não deixam de pagar dividendos. Isso significa que você pode gerar uma renda passiva constante enquanto espera a valorização dos ativos.
Por que apostar em dividendos?
- Rendimento atrativo: Com as quedas nos preços, o “dividend yield” sobe, tornando-se ainda mais interessante.
- Proteção em tempos de incerteza: Dividendos regulares oferecem previsibilidade financeira.
Exemplo prático:
Ações como Itaú (ITUB4) e Engie (EGIE3) têm histórico consistente de distribuição de lucros. Confira os rendimentos em Fundamentus.
Selic Alta: Um Cenário Temporário
Historicamente, ciclos de juros altos não duram para sempre. O objetivo do Banco Central é controlar a inflação, mas, quando a economia se estabiliza, as taxas começam a cair. Quando isso ocorre, o capital volta para a renda variável, impulsionando os preços.
Estratégia Inteligente:
Investir agora permite que você aproveite os dividendos no presente e a valorização dos ativos no futuro. Consulte estratégias em Rico Investimentos.
História: Oportunidades Nascem em Crises
Se olharmos para crises passadas, os maiores retornos surgiram para aqueles que investiram em momentos de pessimismo. A crise de 2015/2016, por exemplo, com a Selic a 14,25%, foi um dos melhores momentos para comprar ações de empresas saudáveis.
Exemplo real: Comparação de 10 anos com a Selic
- Ações x Selic (2013-2023): Enquanto a taxa Selic oscilou entre 2% e 14,25% nesse período, ações como Weg (WEGE3) valorizaram mais de 800%. Quem aplicou R$ 10.000 em Weg em 2013 teria cerca de R$ 90.000 hoje, sem contar os dividendos. Em comparação, o mesmo valor aplicado em um título Selic teria acumulado aproximadamente R$ 25.000.
- Petrobras (PETR4): Mesmo com momentos de instabilidade, quem investiu R$ 10.000 em 2013 teria cerca de R$ 50.000 hoje, considerando a valorização e dividendos. A taxa Selic, apesar de oferecer segurança, não acompanhou esse crescimento exponencial.
- Fundos Imobiliários: Alguns FIIs, como HGLG11, apresentaram uma valorização de aproximadamente 200% nos últimos 10 anos, além de gerar renda mensal constante. Comparando, a Selic proporcionou ganhos estáveis, mas sem o benefício dos rendimentos recorrentes dos FIIs.
Esses exemplos mostram que, enquanto a Selic oferece segurança, a renda variável é a chave para multiplicar o patrimônio no longo prazo.
Diversificação: O Melhor dos Dois Mundos
Embora a renda fixa esteja atrativa, alocar parte da carteira em renda variável garante potencial de crescimento e proteção contra a inflação. Uma combinação inteligente pode incluir:
- Renda fixa: Para segurança e curto prazo.
- Renda variável: Para crescimento e retorno no longo prazo.
Modelo de diversificação:
- 60% em renda fixa, como Tesouro Direto ou CDBs, para quem tem perfil conservador.
- 40% em renda variável, divididos entre ações de dividendos e FIIs, para buscar crescimento. Consulte mais sobre diversificação em XP Investimentos.
Como Começar na Renda Variável Agora?
- Ações de Dividendos: Procure empresas com bom histórico, como BBAS3 e TAEE11.
- Fundos Imobiliários (FIIs): FIIs como HGLG11 e VISC11 têm preços atrativos e rendimentos mensais.
- ETFs de Dividendos: Invista em carteiras diversificadas como DIVO11 e BBSD11.
Ferramentas para ajudar:
- Sites de análise fundamentalista: Use plataformas como Status Invest para identificar boas empresas.
- Simuladores: Experimente simular aportes em ações e veja os resultados projetados em Simulador de Investimentos.
Conclusão
A alta dos juros é um convite à reflexão. Enquanto a renda fixa oferece segurança no curto prazo, a renda variável apresenta oportunidades únicas para quem deseja construir riqueza e renda passiva no longo prazo.
Escolher entre renda variável ou renda fixa depende do seu perfil e objetivos. Mas, em um cenário de preços baixos e dividendos elevados, a renda variável merece um lugar especial na sua carteira.
✨ Dica final: Invista com estratégia, diversifique seus ativos e esteja preparado para colher os frutos no futuro. O momento de agir é agora! 😉